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Quase 90 pessoas são vítimas de acidentes com eletricidade em 2017


foto ilustrativa
Uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade (Abracopel) e pelo Instituto Brasileiro do Cobre (Procobre) em 1.100 domicílios brasileiros, entre 2013 e 2016, demonstra que ao menos um item não atende à norma técnica de instalações elétricas publicadas pela ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. Utilizando dados parciais, coletados via sistema de alertas da internet e redes sociais, a Associação e o Instituto chegaram a computar 1.319 acidentes de origem elétrica no Brasil em 2016, sendo 599 fatais. Na capital paraibana, o Hospital de Trauma Senador Humberto Lucena registrou 81 entradas no ano passado, sendo 2 fatais. Já este ano, de janeiro a novembro, o número ultrapassou 2016: 88 entradas com 2 óbitos.
Outro dado importante é em relação ao uso do Dispositivo Diferencial Residual, que atua para garantir segurança quando houver uma possibilidade de choque elétrico em tomadas, encontrado somente em 21% das casas brasileiras.
Instalações elétricas no Brasil
Por definição, instalação elétrica é o conjunto de partes elétricas e não elétricas associadas e com características coordenadas entre si, que são necessárias ao funcionamento de uma parte determinada de um sistema elétrico. Em teoria, a instalação deve levar a eletricidade gerada em um determinado local até o ponto de consumo desta energia de forma eficiente, qualificada e, sobretudo, segura.
No Brasil, as instalações elétricas devem ser construídas, reformadas, verificadas e consertadas com base nas normas técnicas publicadas pela ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas, como por exemplo, as normas ABNT NBR 5410/2004 – Instalações Elétricas em Baixa Tensão, ou ABNT NBR 14039/2005 – Instalações Elétricas em Média Tensão. Contudo a realidade é que parte destas instalações, principalmente as prediais, não seguem as normas e podem oferecer riscos aos seus usuários.
“A situação em empresas é melhor, em geral, há uma maior preocupação com a segurança, mas isso representa pouco no universo de instalações elétricas brasileiras, tendo em vista o enorme número de residências com instalações comprometidas”, comenta Sergio Massao, responsável por desenvolvimento de negócios para a área de fios e cabos da UL na América Latina.
Não só no Brasil as instalações elétricas, em âmbito doméstico, provocam preocupação. Nos Estados Unidos, segundo a Associação Nacional de Proteção ao Fogo (NFPA), 57% das casas americanas, entre 2010 e 2014, tiveram uma situação de fogo resultante do mau funcionamento de fiação, luz ou transferência de energia. Somente os estragos de fiação foram responsáveis por 69% dos casos de incêndio, 56% das mortes e 66% dos custos associados a estragos residenciais.

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