PSB de Bayeux confirma oposição ao prefeito interino e quer investigar outras denúncias
O vereador Jefferson Kita, presidente do PSB de Bayeux, confirmou
nesta segunda-feira (10) que o partido vai fazer oposição ao prefeito
interino da cidade, Luiz Antônio (PSDB), que tomou posse após prisão do
então prefeito Berg Lima (Podemos).
Segundo o vereador, o PSDB tem um projeto ultrapassado e o PSB tem
uma diretriz em fazer oposição aos partidos que não são aliados ao
projeto político encabeçado pelo governador Ricardo Coutinho.
O parlamentar defendeu ainda que a Câmara de Bayeux deve abrir
investigação sobre a prisão de Berg assim que voltar do recesso. “Esse é
um assunto grave, que repercute em todo o país”, salientou.
Além disso, Jefferson também ressaltou que existem outras denúncias
contra a administração municipal e que também deve ser apurada pelo
legislativo de Bayeux.
Prisão
O prefeito afastado foi flagrado recebendo propina de um empresário
do ramo alimentício com a promessa de facilitar pagamentos e fazer com
que o empresário cresça sua arrecadação se continuasse pagando as
propinas.
O empresário João Paulino, não aceitando a situação, procurou a
Polícia para denunciar o fato. Ele relata ainda que Berg disse a ele que
tinha um projeto de terceirizar o Restaurante Popular de Bayeux e por
isso prometeu que manter os “negócios” faria o empresário crescer na
cidade.
O flagrante ocorreu no escritório do restaurante do empresário,
quando Berg foi lá e recebeu R$ 3,5 mil. A ação foi filmada e, o suposto
dinheiro de propina, escaneado.
O Tribunal de Justiça da Paraíba (TJ-PB) determinou a prisão
preventiva do prefeito de Bayeux. O juiz Aluízio Bezerra, responsável
pela audiência de custódia do Berg Lima, determinou também que ele fosse
afastado do cargo e que mandados de busca e apreensão fossem
realizados.
Pena de 24 anos
De acordo o delegado Lucas Sá, responsável pelas investigações, não
há suspeita de envolvimento de outras pessoas no esquema. Pelos crimes,
Berg Lima pode ser condenado a até 24 anos de prisão.
Já o empresário que filmou o pagamento da suposta propina ao prefeito
de Bayeux foi um colaborador premiado e era “vítima” das “condutas” do
gestor, segundo afirmou o delegado. “Todas as negociações tratativas,
todos os valores eram pagos diretamente ao prefeito, em espécie e em
mãos”, explicou o delegado.
Ainda de acordo com Lucas Sá, o empresário não receberia os valores
devidos a ele se não pagasse a suposta propina solicitada pelo prefeito.
“Então não existia outra conduta pra ele. Ou pagava a propina ou ficava
sem receber e fechada suas empresas. Ele preferiu pagar, mas comunicar
os fatos à polícia e possibilitar, então, a prisão do prefeito”, disse.
Defesa do prefeito de Bayeux
A assessoria de imprensa de Berg Lima enviou uma nota à imprensa, na
qual ele diz estar sendo “vítima de uma armação política”, e que o
prefeito confia na Justiça e vai esclarecer os fatos. Segundo a nota, o
prefeito de Bayeux afirma que não praticou ato ilegal contra o povo e
contra a cidade. A defesa de Berg informou que vai pedir um habeas
corpus.
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