EUA libera venda de armas para pessoas com transtornos mentais
O
Senado dos Estados Unidos aprovou nesta quarta (15) a suspensão de uma
norma da era Obama que impedia que 75 mil pessoas com problemas mentais
comprassem armas de fogo. A medida será agora encaminhada ao presidente
Donald Trump, que deve assinar sua aprovação.
A
norma foi criada por Obama em 2012, após o tiroteio na escola Sandy
Hook, em Newtown, Connecticut. Na ocasião, Adam Lanza, um jovem de 20
anos com diversos distúrbios, incluindo síndrome de Asperger e
transtorno obsessivo compulsivo, matou sua mãe em casa, antes de se
dirigir à escola e assassinar 20 alunos e seis funcionários e cometer
suicídio.
A
norma ampliava a checagem de antecedentes e dificultava a compra de
armas por pessoas que tem distúrbios mentais e cujos bens e benefícios
são administrados por outra pessoa.
Segundo
os senadores que defenderam a suspensão da norma, ela ampliava o
estigma sobre pessoas com problemas mentais. O senador republicano
Charles Grassley, de Iowa, disse ainda que a medida infringia o direito
constitucional dessas pessoas de portar armas.
Os
senadores da bancada republicana contaram com o apoio da National Rifle
Association, segundo a agência Associated Press, e colocaram a medida
em votação como parte de um projeto que visa derrubar uma série de
medidas instituídas durante a administração Obama.
A
suspensão foi aprovada por 57 votos a favor e 43 contra e foi criticada
por senadores democratas, como Chris Murphy, de Connecticut. Ele disse
que não sabia como explicaria a seus eleitores que o Congresso estava
tornando mais fácil em vez de mais difícil que pessoas com doenças
mentais tenham acesso a armas. “Se você não consegue gerenciar suas
próprias finanças, como podemos esperar que você seja o portador
responsável de uma arma de fogo perigosa e letal?”, questionou.
G1
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