A médica paraibana Adriana Melo, que ganhou notoriedade internacional
por ser responsável por estudos que descobriram associação entre o Zika
vírus e a microcefalia, além de outros distúrbios, recebeu, na noite
dessa terça-feira (4), o Prêmio Cláudia, da Editora Abril, na categoria
Ciências, um dos maiores reconhecimentos nacionais a mulheres que atuam
em diferentes áreas do trabalho e do conhecimento. A medica de
45 anos de idade, tem
doutorado na área de medicina fetal, atua no Instituto de Saúde Elpídio
de Almeida, o Isea de Campina Grande, e foi uma das primeiras a observar
o crescimento da anomalia entre os recém-nascidos. Ela desenvolveu
pesquisas em bebês e gestantes atendidos na maternidade e, além da
associação entre zika e microcefalia, também descobriu distúrbios
diferentes causados pelo vírus, comprovou a transmissão fetal da
chikungunya e estuda novos casos de deformações em bebês por novos
vírus. Adriana
se dedica às pesquisas sobre a síndrome congênita da zika e ao
acompanhamento das gestantes. “Essas mães não podiam ser tratadas apenas
como números. Essas famílias têm nome e rosto”, disse a médica ao
receber a premiação. “Eu observei no início um caso de microcefalia com
alteração no cerebelo, que é algo comum em doenças genéticas e depois
percebi outro caso de microcefalia em que havia calcificação no cérebro,
o que é comum em infecção. Foi nesse momento que percebemos que havia
algo de diferente e passamos a investigar”, disse. Adriana também já recebeu o prêmio Walter Schmidt
Pesquisadora Paraibana da microcefalia e da zica virus recebe prêmio nacional
Reviewed by Litroral Já
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outubro 06, 2016
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