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Conselho tutelar acusa a mãe do garoto de 8 anos que vivia sendo abusado por outros garotos por negligência familiar

O menino de 8 anos abusado sexualmente na cidade de Remígio, no Agreste paraibano está sendo acompanhado por psicólogos do Conselho Tutelar da cidade. "Existem indícios de que a criança era negligenciada pela familia", disse Roseluce de Sousa, a presidente do Conselho Tutelar do município nesta quarta-feira (27).
“Realmente foi registrada negligência familiar, uma vez que os pais não tinham total controle e observação do filho”, afirmou a conselheira.
O caso do abuso foi denunciado à polícia na terça-feira (26), depois que a mãe da vítima viu um vídeo da violência que estava circulando entre adolescentes da cidade através de celulares. O menino foi ouvido pela polícia e apontou onze pessoas como autores do abuso que, segundo ele, acontece há dois anos.
Roseluce explicou que o Conselho Tutelar já vem acompanhando a criança desde que ela tinha 4 anos. “Encontramos problemas de estrutura familiar, já que era uma família bem humilde. Foi o conselho, por exemplo, que o matriculou em uma escola e investigava se ele estava sendo bem alimentado. Mas nunca foi notificado nenhum tipo de abuso sexual”, disse.
Sobre a possibilidade de perder a guarda do filho, Roseluce disse que o conselho faz o acompanhamento dos casos críticos e, se necessário, passa informações para o juizado de menores para a perda da guarda da criança por parte dos familiares.
“No momento estamos mais focados no acompanhamento psicológico da criança. O assunto da perda de guarda ainda não foi trabalhado. Nós não temos o poder de tirar a guarda, fazemos só os requisitos e os relatórios e entregamos ao juizado, que fica encarregado de tomar uma decisão”.
Entenda o caso
Na terça-feira (26) um tio do menino encontrou o vídeo em que o sobrinho estava sofrendo o abuso e o entregou à mãe do garoto. Ela procurou o Conselho Tutelar e a polícia, que ouviu três suspeitos no mesmo dia.
Segundo o delegado da cidade, Lamartine Lacerda, a vítima era obrigada a praticar sexo oral sob ameaças, agressões e até pagamentos. “Já sabemos que uma dessas pessoas apontadas pela vítima é um ex-presidiário”.
Lamartine disse que o vídeo assistido pela mãe foi feito no sábado (8), durante o carnaval. Mas que os abusos já aconteciam há pelo menos dois anos, segundo a vítima.

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