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Trilha ecológica no litoral sul da PB no Conde

Trilha ecológica com banho de argila é opção de lazer no Litoral Sul da PB


Três horas de passeio ecológico por um trilha com diversas plantas, banho de argila e ainda paradas em três nascentes para refrescar o corpo é o que o visitante vai encontrar na Aldeia Flor d'Água localizada no município do Conde, no Litoral Sul da Paraíba. Durante o passeio, também é possível encontrar animais como pássaros, macacos e até cobras.
Julindio Macuxi, guia turístico e proprietário de uma das 12 casas localizadas nos 6 hectares da aldeia, acompanha os visitantes durante o trajeto que conta com 16 nascentes. Os passeios só são feitos com horário marcado, por isso é importante reservar com antecedência. A partir das 6h, o neto de índio já está acordado para descer com o primeiro grupo pela mata. Na entrada da casa, que foi construída pelo próprio Julindio, as sandálias são deixadas. Enquanto Julindio pinta cada um dos visitantes com tirna (fuligem da panela de barro), é possível observar os detalhes da casa. Garrafas de vidro dispostas na parede permitem que a luz do sol entre na casa refletindo  diversas cores. A escada é no estilo da mesma da casa de Santos Dummont, só é possível subir começando pelo pé direito. Na cozinha, tem o Cantinho da Gertrudes logo embaixo da pia. Lá mora uma aranha caranguejeira que já se tornou uma das atrações da casa. Um outro detalhe interessante é que a casa não tem nem portas e nem janelas. Com a tribo reunida é hora de iniciar a trilha. É preferível descer para o passeio vestido apenas com a roupa de banho e, se possível, descalço. Já que depois do banho de argila fica difícil carregar qualquer coisa sem melar e ainda é possível perder os calçados no caminho, que tem lema em alguns trechos. Na entrada da mata já é possível sentir o clima fresco e úmido. Julindio vai fazendo algumas paradas ao longo da trilha para falar sobre as propriedades medicinais de algumas plantas da mata. É importante lembrar que durante o trajeto o visitante pode se deparar com cobras, aranhas e outros animais silvestres. No tronco da Munguba, uma árvore centenária da reserva, o neto de índio convida todos a darem um abraço coletivo no tronco. Boa parte do trajeto é feito às margens de nascentes e com o barulho da água correndo em direção aos rios. A próxima parada é para ouvir a natureza. Ao lado de mais uma nascente Julindio pede para que todos se agachem e ouçam os pássaros. O som das aves se mistura com o da água correndo e juntos proporcionam um dos melhores momentos do passeio.
Banho de argila
Aldeia Flor d'Água na Paraíba é uma opção de lazer nas férias (Foto: Inaê Teles/G1)Na preparação para o banho argila
(Foto: Inaê Teles/G1)
Um dos momentos mais esperado do passeio é o banho de argila. Nele cada um dos visitantes pega um pouco da argila que se encontra próximo de uma das nascentes e espalha por todo corpo. Na visão popular a argila tem propriedades desintoxicante, mineralizante e antiinflamotoria.
Banho
Aldeia Flor d'Água na Paraíba é uma opção de lazer nas férias (Foto: Inaê Teles/G1)A retirada da argila é feita no primeiro rio da trilha. Ele não é muito profundo e por isso, dependendo do horário da visita, a água fica um pouco quente. O passeio pode ser feito com grupos de até 15 pessoas. É preferível ir nos primeiros grupos do horário da manhã por conta do sol. Segundo banho tem fonte (Foto: Inaê Teles/G1)
O segundo banho acontece em uma pequena queda d' água. O local não é tão extenso quanto o primeiro rio, mas a água é mais fresca. A queda d'água faz uma massagem agradável no corpo e o difícil é se levantar para ir para o terceiro banho da trilha.
Aldeia Flor d'Água na Paraíba é uma opção de lazer nas férias (Foto: Inaê Teles/G1)Terceiro banho dá até para 'surfar' no estilo
de Julindio (Foto: Inaê Teles/G1)
O terceiro é na verdade uma piscina natural que foi construída por Julíndio que represou a água de uma das nascentes. A piscina natural é mais profunda que o primeiro rio e a água é tão fresca quanto a do segundo banho.
É importante o visitante levar o que for consumir porque o local não dispõe de lanchonete. Na cozinha da casa de Julindio é possível preparar as refeições. Caso os visitantes queiram dormir no local basta levar uma barraca de camping ou se hospedar em uma das duas ocas localizadas na aldeia.
O passeio é uma oportunidade de entrar em contato com a natureza e ainda aprender um pouco mais sobre a fauna e flora brasileira.

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