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A presidente Dilma critica os países ricos

A presidente Dilma Rousseff criticou nesta terça-feira (25), durante discurso na abertura na 67ª Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York , a política dos países ricos contra a crise financeira internacional.
Segundo ela, a crise econômica internacional de 2008 "ganhou novos e inquietantes contornos".
"A opção por políticas econômicas ortodoxas vem agravando a crise em economias desenvolvidas. [...] As principais lideranças do mundo desenvolvido ainda não encontraram caminho que articulam ajustes fiscais para interromper a recessão", disse.
O encontro da ONU em Nova York reúne os 193 países-membros da organização e se dá em meio à tensão vivida em vários países do Oriente Médio, com protestos e ataques a embaixadas dos Estados Unidos no mundo árabe. No discurso, ela também voltou a defender a soberania da Palestina e criticou o que chamou de preconceito islamofóbico.
Para a presidente, "a política monetária não pode ser a única resposta para interromper o crescente desemprego, a pobreza e o desalento que afeta no mundo as camadas mais vulneráveis da população".
Segundo Dilma, as ações dos países ricos acarretam prejuízos para os países em desenvolvimento. "Os bancos centrais dos países desenvolvidos insistem em política monetária e os países emergentes perdem mercado devido à valorização artificial de suas moedas."

Assembleia da ONU
Antes do discurso, Dilma se encontrou com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon. Ele também falou na conferência e fez um apelo pela paz mundial.
A presidente Dilma Rousseff cumprimenta Ban Ki-moon, secretário-geral das Nações Unidas, durante Assembleia-Geral da ONU em Nova York. (Foto: Stan Honda/AFP)A presidente Dilma Rousseff cumprimentaBan Ki-moon, secretário-geral das Nações Unidas,
durante Assembleia-Geral da ONU em Nova York
Tradicionalmente, cabe ao chefe de Estado brasileiro fazer o discurso que marca a abertura da assembleia. Isso porque o país foi o primeiro a aderir ao organismo internacional, em 1945.
A conferência deste ano tem como tema a prevenção e a resolução pacífica de conflitos internacionais. De acordo com o Itamaraty, entrará também no debate a adoção dos compromissos firmados na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, que ocorreu na capital fluminense em junho deste ano.

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