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Governador se reúne hoje com CFM para discutir situação do Hospital de Trauma


O governador Ricardo Coutinho se reúne no final da manhã desta segunda-feira (6) com dois diretores do Conselho Federal de Medicina (CFM) para discutir a situação do Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena. Na pauta das discussões estão a superlotação, paralisação de médicos e morte por falta de atendimento.

O encontro acontece às 11h30. “Pedimos apoio ao Conselho Federal para intermediar um diálogo com o poder público. Queremos abrir um canal de comunicação com o gestor e o vice-presidente do CFM, Carlos Vital, conseguiu falar pessoalmente com o governador e marcou esta audiência”, explicou João Medeiros, presidente do Conselho Regional de Medicina da Paraíba.

Na edição do Diário Oficial da sexta-feira (3), o governador decretou situação de emergência por 180 dias no Trauma pela falta de médicos. Ricardo Coutinho determinou a contratação temporária de pessoal e realocação de profissionais de saúde do Estado para o Trauma. Ele também autorizou a aquisição de bens e serviços que possam agilizar os atendimentos. Também foi oficializada a determinação para que o Comando Geral da Polícia Militar disponibilize médicos de seu quadro para atender em caráter de emergência no Trauma.

Falta de médicos

Ainda na sexta-feira o médico Rafael Rebolsas, o único cirurgião de plantão daquele dia no hospital, registrou um Boletim de Ocorrência (BO) na 3ª Delegacia Distrital, na Epitácio Pessoa alegando que ele era o único cirurgião na unidade hospitalar.

Durante o plantão, Eduardo da Silva, de 14 anos, deu entrada na unidade vítima de sete tiros. Passou por cirurgia, mas morreu. O delegado Francisco Deusdedit Leitão, da 3ª Delegacia Distrital, disse que Rafael Rebolsas teve que pedir auxílio a um outro médico para poder realizar a cirurgia. “Ele realizou o BO por conta da orientação do Conselho Regional de Medicina (CRM) e o Sindicato dos Médicos, mas o paciente morreu porque o seu estado de saúde já era grave”, explicou o delegado.

Já no domingo (29) o motociclista Cristiano Alves Correia, de 25 anos, morreu quando buscava atendimento no Trauma. Por conta da paralisação dos médicos cirurgiões, a vítima passou mais de 40 minutos peregrinando entre hospitais da Capital.

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