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Em meio a nova onda anti-nuclear, Ucrânia marca 25 anos de acidente de Chernobyl


A Ucrânia marca nesta terça-feira (26) os 25 anos do maior acidente nuclear da História, na usina de Chernobyl, em uma cerimônia com os presidentes ucraniano, Viktor Yanukovych, e da Rússia, Dmitry Medvedev.

O aniversário do acidente ocorre em meio a uma onda global de protestos contra o uso de energia nuclear, provocada pelo recente desastre na usina de Fukushima, no Japão, atingida pelo terremoto seguido de tsunami do dia 11 de março.

A explosão do reator 4 da usina de Chernobyl, em 26 de abril de 1986, matou pelo menos 30 pessoas de forma quase imediata e gerou uma nuvem radioativa que se espalhou pela Europa.

Um grande número de pessoas, até hoje não determinado, morreu posteriormente por problemas gerados pela radiação ou tiveram graves problemas de saúde.

Na época do acidente, a Ucrânia fazia parte da então União Soviética, que foi acusada de esconder o problema por vários dias, aumentando os danos provocados pelo desastre.

Críticas

O 25º aniversário do acidente de Chernobyl ocorre menos de dois meses após a usina Fukushima Daiichi, no nordeste do Japão, ter sido severamente danificada pelo terremoto e pelo tsunami do dia 11 de março, reforçando as campanhas globais contra o uso da energia nuclear.

Os operadores da usina de Fukushima, a Tepco (Tokyo Electric Power Co.), também foram criticados por não divulgar rapidamente informações sobre o vazamento de radiação no local.

O presidente da Rússia, antes de embarcar para a Ucrânia, afirmou que deve haver mais transparência durante as emergências nucleares como em Chernobyl ou em Fukushima.


Protestos

Na segunda-feira, milhares de pessoas participaram de protestos na França e na Alemanha pedindo o abandono do uso da energia nuclear.

Um dos principais protestos ocorreu na Pont de l'Europe, que liga a França e a Alemanha sobre o rio Reno, entre as cidades de Estrasburgo, na França, e Kehl, na Alemanha.

“Chernobyl, Fukushima, nunca mais”, pediam os manifestantes com cartazes e gritos de guerra.

Em meio a sons de sirenes, os manifestantes jogaram flores no rio e deitaram no chão sobre a ponte, numa “morte coletiva” simbólica.

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