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Alerta no Japão: Usina nuclear tem radiação mil vezes acima do padrão após tremor


Um nível de radioatividade mil vezes superior ao normal é detectado em uma usina nuclear do nordeste do Japão, após o terremoto que abalou o país na sexta-feira (11), informou neste sábado [no horário local] a agência Kyodo, citando uma comissão de segurança.

O primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, pediu à população que observe um raio de 10 km de isolamento em torno da central nuclear de Fukushima, e admitiu o risco de vazamento nuclear, segundo a agência Jiji Press.

Uma segunda usina nuclear japonesa, situada na prefeitura de Fukushima, também apresentou problemas de refrigeração após o terremoto que abalou o nordeste do Japão, informou a imprensa japonesa.

Na sexta-feira, autoridades japonesas informaram à Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) que nenhum vazamento radioativo foi detectado nas centrais nucleares da região afetada pelo terremoto.

O governo japonês havia declarado emergência atômica e decretou um primeiro raio de isolamento, de 3 km, em torno de Fukushima.

O ministro do Comércio Banri Kaieda admitiu que um reator apresentava excesso de pressão após danos em seu sistema de resfriamento provocados pelo terremoto de 8,9 graus que sacudiu o arquipélago.

mapa terremoto japao atualizada (Foto: Arte G1)mapa terremoto japao atualizada (Foto: Arte G1)

"A pressão aumentou no contêiner do reator e estamos tentando lidar com isso", disse um porta-voz da Tokyo Electric Power Co., que opera a usina. A pressão que está se formando na usina deve ser liberada em breve, o que pode causar vazamento de radiação, segundo as autoridades.

O ministro admitiu que há a possibilidade de que materia radioativo se espalhe pelo ar, "mas em uma quantidade mínima".

A Força Aérea americana enviou um líquido de resfriamento para a usina nuclear japonesa e a secretária de Estado, Hillary Clinton, afirmou mais cedo que a ação foi tomada depois de operadores da usina terem afirmado que a instalação não tinha líquido suficiente.

Tsunami japonês chega ao continente americano

México mantém alerta; ondas de 2,5 m atingem os EUA e uma pessoa desaparece

Segundo o jornal Los Angeles Times, ondas de até 2,5 m atingiram com força o litoral da Califórnia, provocando pequenos danos na marina de Crescent City Harbour. Uma pessoa, que tirava fotos próxima à praia, está desaparecida.

Estradas foram fechadas e a população está em alerta nos EUA. Horas antes, ondas do mesmo tamanho atingiram o arquipélago do Havaí, mas sem causar grandes danos.

Ondas chegam mais fracas ao México

No México, foi o próprio presidente Felipe Calderón quem anunciou que as ondas chegaram à costa oeste do país mais fracas do que o esperado.

Os alertas ainda continuam no país.

Na América Central, Costa Rica, Honduras, Guatemala, Nicarágua e Panamá também emitiram um aviso de alerta de tsunami para a região banhada pelo Pacífico.

Chile declara alerta total

No Chile, o governo declarou “alerta total” em partes do litoral. A população foi retirada de várias cidades como Punta Arenas, Puerto William e Puerto Montt, segundo o jornal La Tercera.

O governo também esvaziou as zonas costeiras da Ilha de Páscoa, com cerca de 4 mil habitantes e situada a mais de 3.500 km do litoral oeste. O Chile foi devastado por um terremoto de magnitude 8,8 e um tsunami que deixaram 555 mortos e desaparecidos, no ano passado.

No Equador, o presidente Rafael Correa decretou estado de emergência por um período de até 60 horas e ordenou "a evacuação de todos os habitantes do litoral do país e da Província das Galápagos" (a mil quilômetros a oeste da costa equatoriana), ou seja, cerca de 300 mil pessoas.

A Colômbia reforçou a vigilância de 16 cidades litorâneas, segundo a entidade de prevenção de desastres.

O Peru também emitiu alertas preventivos e pediu à população que mantenha a calma.

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